Sabedoria: Como priorizá-la na escola?
O texto a seguir aborda sobre o real valor que devemos dar à sabedoria
nas escolas tornando-a prioridade no planejamento e ação dos educadores, pois o
conhecimento e a informação só fazem sentido se a sabedoria estiver presente.
Sendo assim, o texto expõe como o educador pode dar prioridade à sabedoria sem
deixar de trabalhar a informação e o conhecimento.
Inicio a reflexão com a frase de Paulo
Freire: “Não
basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva
ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra
com esse trabalho.” Para
dar valor à sabedoria, o educador precisa abrir diálogo e levar seu aluno à
reflexão e ao prazer de aprender o conteúdo. A informação e o conhecimento são
importantes, porém são terão sentido se forem abordados com significados. O aluno
precisa ser levado a transcender tais informações e conhecimentos, dando a eles
seu próprio significado, com sua própria visão de mundo, transformando assim
conhecimento e informação em sabedoria para agir conscientemente.
Conforme consta no primeiro capítulo do caderno
de estudos, Temas e Teorias da Filosofia, p. 13, último parágrafo: “A sabedoria
é uma atitude diante de si, diante dos outros e diante do mundo. A sabedoria é
uma maneira de conduzir-se no mundo, mesmo que não saibamos exatamente o que é
mundo. Talvez o mundo seja nossa própria elaboração. A sabedoria é então, uma
elaboração de si e do mundo, com os outros.” Fazendo uma ponte entre
o que está posto neste parágrafo, pode-se dizer que a educação tem um papel
fundamental para que o aluno busque a sabedoria, pois é na troca com os pares que
o aluno vai se construindo enquanto sujeito. É na relação com o outro que o
aluno se percebe enquanto ser único, a partir daí ele começa a se posicionar
diante dos temas abordados, dos fatos ocorridos, do seu modo de pensar e
agir. É esta criticidade que vai levá-lo
à construção e à prática da sabedoria.
Então: Como priorizar a sabedoria na
escola? O educador tem em mãos um leque de possibilidades, basta querer. O que
não podemos conceber mais é uma educação estagnada, alienada do mundo,
consumida pelos livros didáticos e por planos copiados de um ano para o outro.
Queremos uma educação viva e consciente de seu real valor na sociedade. O
educador precisa ter sede de sabedoria e precisa fazer com seus alunos tenham
também!
Autora: Márcia Teresinha Schneider Cardozo
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