sábado, 9 de junho de 2012





                       Sabedoria: Como priorizá-la na escola?


   O texto a seguir aborda sobre o real valor que devemos dar à sabedoria nas escolas tornando-a prioridade no planejamento e ação dos educadores, pois o conhecimento e a informação só fazem sentido se a sabedoria estiver presente. Sendo assim, o texto expõe como o educador pode dar prioridade à sabedoria sem deixar de trabalhar a informação e o conhecimento.
    Inicio a reflexão com a frase de Paulo Freire: “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.” Para dar valor à sabedoria, o educador precisa abrir diálogo e levar seu aluno à reflexão e ao prazer de aprender o conteúdo. A informação e o conhecimento são importantes, porém são terão sentido se forem abordados com significados. O aluno precisa ser levado a transcender tais informações e conhecimentos, dando a eles seu próprio significado, com sua própria visão de mundo, transformando assim conhecimento e informação em sabedoria para agir conscientemente.
    Conforme consta no primeiro capítulo do caderno de estudos, Temas e Teorias da Filosofia, p. 13, último parágrafo: “A sabedoria é uma atitude diante de si, diante dos outros e diante do mundo. A sabedoria é uma maneira de conduzir-se no mundo, mesmo que não saibamos exatamente o que é mundo. Talvez o mundo seja nossa própria elaboração. A sabedoria é então, uma elaboração de si e do mundo, com os outros.” Fazendo uma ponte entre o que está posto neste parágrafo, pode-se dizer que a educação tem um papel fundamental para que o aluno busque a sabedoria, pois é na troca com os pares que o aluno vai se construindo enquanto sujeito. É na relação com o outro que o aluno se percebe enquanto ser único, a partir daí ele começa a se posicionar diante dos temas abordados, dos fatos ocorridos, do seu modo de pensar e agir.  É esta criticidade que vai levá-lo à construção e à prática da sabedoria.
    Então: Como priorizar a sabedoria na escola? O educador tem em mãos um leque de possibilidades, basta querer. O que não podemos conceber mais é uma educação estagnada, alienada do mundo, consumida pelos livros didáticos e por planos copiados de um ano para o outro. Queremos uma educação viva e consciente de seu real valor na sociedade. O educador precisa ter sede de sabedoria e precisa fazer com seus alunos tenham também!
   
   
Autora: Márcia Teresinha Schneider Cardozo 



 Karl Max: Por uma sociologia da Transformação


    O texto a seguir propõe apresentar o valor da Teoria Sociológica de Karl Max para nossa sociedade. É inegável que os demais autores têm muito a contribuir para o estudo da sociologia, assim como Émile Durkheim e a Sociologia dos Fatos Sociais e a Sociologia Compreensiva de Max Weber. Porém é na Sociologia Crítica de Kals Max que muitas transformações sociais forma possíveis por diversas gerações até os tempos atuais.
   Karl Max , ao contrário de Émile Durkhein e Marx Werber que foram conservadores, sempre demonstrou uma visão muito crítica da realidade, o que o levou a estar a frente de atividades que na época direcionaram para a transformação desta realidade o qual pertencia, lutava por uma nova ordem social em combate ao capitalismo. Enquanto Durkhein defendia que o capitalismo era perfeito, cabendo apenas à sociologia compreender a sociedade para detectar suas falhas, por outro lado Weber concebia o capitalismo como uma maneira de glorificar a Deus pelo trabalho, porém muito mais crítico, Marx atribuía ao capitalismo a exploração social, onde existia a classe dominante e a classe dominada, no caso os operários e os empresários.
    Karl Marx divergia e muito dos demais sociólogos da época em relação ao papel do estado. Para Durkheim o Estado é a instituição responsável em organizar o funcionamento da sociedade, para Weber o que caracteriza o Estado são os meios dos quais ele se utiliza para impor suas decisões, enquanto para Karl Marx o papel do Estado é impedir a organização dos trabalhadores, principalmente através do uso da força, pois age em nome da classe dominante.
   Outros conceitos importantes na teoria sociológica de Marx que podem nos levar a refletir a sua imponência sobre as demais teorias, são os conceitos de ideologia e de alienação, tão referenciados ainda nos dias de hoje. Para o autor a ideologia refere-se ao falseamento da realidade e tinha o objetivo de mascarar o que estava acontecendo de ruim na sociedade levando a uma alienação em massa.
    Enfim, Marx coloca que é necessária uma nova ordem, podendo haver outra forma de organização da sociedade, o comunismo, que só seria alcançado após o socialismo. Marx utiliza o método dialético, desenvolvido a partir das idéias de Hegel, conforme o método dialético se refere à convicção de que a realidade está em contínua transformação a partir de presente contradição. A dialética para Marx está num contexto de luta de classes e diferentes interesses das mesmas. Marx nos põe diante da possibilidade de ação diante da realidade, realidade esta que está em constante transformação.
   É incontestável que as idéias de Marx influenciaram e ainda influenciam os indivíduos no seu modo de pensar e agir. Muitas das transformações políticas e sociais estão embasadas em sua teoria. Basta olharmos a evolução da mulher na sociedade ao longo dos anos, a participação dela na política, nas empresas entre outros espaços sociais. Sem falar na evolução dos partidos políticos, das conquistas dos trabalhadores mesmo diante do capitalismo histórico. Muitas lutas ainda estão por vir, porém o que fica é a essência da sua teoria sociológica: É a partir do olhar crítico da realidade é que vamos modificá-la.
    Para finalizar, fazendo uma ponte com a educação, pode-se afirmar que Karl Marx muito contribuiu para a critica educacional, sendo um dos seus defensores, o grande mestre Paulo Freire, dizia que ensinar exige apreensão da realidade. A capacidade de aprender, não apenas para nos adaptar, mas, sobretudo para transformar a realidade para nela intervir, recriando-a. (Freire, 1999).

  
   
   Autora: Márcia Teresinha Schneider Cardozo